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Tensão comercial Brasil-EUA: seis recomendações tributárias para empresários e contadores

Publicado em 15 de outubro de 2025
Contábeis

A recente crise diplomática e comercial entre Brasil e Estados Unidos, marcada pela adoção de tarifas adicionais e ameaças de retaliações bilaterais, acendeu um alerta entre empresários e profissionais da contabilidade.

Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o Brasil exportou US$ 40,4 bilhões para os EUA em 2024, consolidando o país como segundo principal destino dos produtos brasileiros.

Em meio às incertezas, o contador e advogado Jhonny Martins, vice-presidente do SERAC — hub nacional de soluções corporativas —, destaca que o momento exige mais do que leitura geopolítica: é hora de revisar estratégias tributárias e práticas de compliance fiscal.

 

“Quem depende de exportações precisa estruturar cenários de planejamento que considerem tanto perdas quanto novas oportunidades. O compliance fiscal não é só defesa contra riscos, mas também ferramenta de competitividade”, afirma Martins.

 

Complexidade fiscal brasileira amplia vulnerabilidade das empresas

De acordo com o relatório Doing Business Subnacional Brasil 2021, as empresas brasileiras gastam, em média, 1.501 horas por ano para cumprir obrigações fiscais, uma das maiores cargas administrativas do mundo. Em um ambiente internacional instável, falhas de atualização tributária podem resultar não apenas em multas e autuações, mas também em perda de competitividade no mercado global.

Martins alerta que muitas companhias ainda reagem de forma improvisada a crises externas, enquanto aquelas que mantêm auditorias internas e controle efetivo de créditos tributários demonstram maior capacidade de resistência.

“O grande risco está em empresas que reagem de forma improvisada. Aquelas que mantêm auditorias internas, controlam créditos e revisam o regime tributário estão mais preparadas para suportar choques externos”, observa o especialista.

 

Oscilações diplomáticas exigem estratégias de longo prazo

Para o especialista, a crise entre Brasil e Estados Unidos tende a oscilar nos próximos meses, exigindo atenção constante de exportadores e importadores. Segundo ele, planejar crescimento com consistência, e não apenas reagir a perdas, é o que diferencia as empresas mais resilientes.

“Não se trata apenas de reduzir danos, mas de planejar crescimento com consistência. Empresas que investirem em governança e automação terão mais chances de sair fortalecidas de crises externas”, completa Martins.

 

Seis recomendações tributárias para enfrentar o cenário atual

Com base na análise de Jhonny Martins, são listadas seis medidas práticas que podem auxiliar empresários, contadores e gestores financeiros na revisão fiscal e preparação estratégica diante das tensões comerciais internacionais:

 

1. Auditorias internas periódicas

Revisar periodicamente todas as obrigações fiscais e contábeis da empresa permite identificar inconsistências antes que gerem autuações. Martins recomenda que as empresas realizem auditorias preventivas e mantenham documentação organizada, facilitando o cumprimento de exigências da Receita Federal e de órgãos estaduais.

 

2. Gestão de créditos tributários

O controle adequado de créditos e incentivos fiscais é uma das principais ferramentas para reduzir a carga tributária efetiva. Empresas que mapeiam corretamente os benefícios legais, como recuperação de tributos pagos a maior ou compensações previstas em lei, conseguem manter liquidez financeira mesmo em períodos de retração comercial.

 

3. Automação fiscal e tecnológica

A adoção de softwares de automação fiscal é vista como essencial para minimizar erros humanos e agilizar apurações. Martins destaca que o investimento em tecnologia reduz o tempo de fechamento contábil, evita inconsistências nas obrigações acessórias e aumenta a produtividade das equipes de contabilidade e controladoria.

 

4. Planejamento de cenários

Empresas exportadoras e importadoras devem simular impactos de tarifas e variações cambiais sobre seus custos e margens.  O planejamento tributário de cenários permite ajustar preços, contratos e fluxo de caixa conforme mudanças nas políticas de comércio exterior.  Segundo Martins, “planejar não é prever o futuro, mas estar preparado para reagir rapidamente quando ele muda”.

 

5. Capacitação contínua das equipes

Com a complexidade das normas tributárias brasileiras e o ritmo acelerado de mudanças internacionais, a atualização técnica é indispensável. Martins recomenda programas de educação continuada para contadores, analistas fiscais e gestores financeiros, abordando temas como reforma tributária, tratados internacionais e compliance digital.

 

6. Governança tributária e compliance

A criação de políticas internas de governança tributária, com processos padronizados e registros auditáveis, aumenta a transparência e a confiança de investidores e parceiros comerciais. Empresas com compliance fiscal ativo tendem a ter menor risco jurídico e maior previsibilidade financeira — fatores decisivos em períodos de instabilidade.

 

Planejamento tributário como investimento estratégico

Para Jhonny Martins, o principal aprendizado da atual crise é a importância da antecipação estratégica.

“Quem espera a retaliação já perdeu tempo e dinheiro. O planejamento tributário deve ser visto como investimento de sobrevivência e de crescimento. Em um ambiente incerto, quem se antecipa sai na frente”, conclui.

O especialista reforça que crises internacionais tendem a impactar diretamente cadeias produtivas, fluxo cambial e custo de importações, o que reforça o papel do contador como agente estratégico de sustentabilidade empresarial.

A instabilidade nas relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos reforça a urgência de planejamento tributário e financeiro estruturado. Para especialistas, empresas que adotarem práticas de auditoria, automação, compliance e capacitação contínua estarão mais preparadas para manter competitividade e reduzir riscos fiscais.

 

Em um cenário de tarifas, retaliações e incertezas geopolíticas, o papel do contador e do gestor tributário torna-se ainda mais relevante — não apenas como executor de obrigações, mas como estrategista na tomada de decisões empresariais.

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